Como a penetração da Internet continua se expandindo em todo o mundo, os mercados emergentes estão ganhando a corrida para abraçar o e-commerce. A pesquisa global da Nielsen sobre e-commerce descobriu que a vontade de comprar pela internet é mais forte nas regiões em desenvolvimento da América Latina e Ásia-Pacífico, com ambas as áreas superando a média global de 22 categorias de produtos medidos no estudo. Mas as semelhanças entre as duas regiões param por aí.
Qual é a maior diferença? Os latino-americanos navegam e os da Ásia-Pacífico compram.
Na verdade, enquanto as taxas de navegação online são mais altas na América Latina, as taxas de compra online para a região são as mais baixas para praticamente todas as categorias no estudo. Por outro lado, as taxas de compras online na Ásia-Pacífico são maiores que qualquer outra região. Tão altas que as taxas de compra excedem em mais de metade (14) das categorias.
“Os latino-americanos são compradores onlines entusiastas, mas a infraestrutura de varejo online ainda não captou as oportunidades de conversão”, disse John Burbank, presidente de Iniciativas Estratégicas da Nielsen. “Outras barreiras de sucesso do e-commerce incluem o acesso à Internet, os custos de envio, impostos altos e logística de entrega problemática. A Ásia é a que está mais distante da curva de maturidade do e-commerce. Na Ásia-Pacífico, consumidores interessados em tecnologia já abraçaram a comodidade de fazer compras online. Atrair novos compradores que utilizam celuluar poderia ser um acelerador nos mercados em desenvolvimento, pois proporciona maior acesso às pessoas rapidamente.”
As porcentagens de navegação e de compras online são semelhantes na Europa, América do Norte e Oriente Médio/África, com algumas exceções, mas por razões diferentes do que aquelas que afetam a América Latina e Ásia-Pacífico. Nestas regiões, a propensão de compras online traz em grande parte, disponibilidade e oportunidade.
Na América do Norte e grande parte da região desenvolvida da Europa, não há escassez de disponibilidade de produtos. Ambas as áreas apresentam abundantes estabelecimentos comerciais, e o varejo online representa mais um canal para competir pela participação de mercado. “A Europa Ocidental está liderando o caminho da adoção do comércio eletrônico na categoria de bens de consumo embalados”, disse Burbank. “No Reino Unido e na França, os hipermercados tradicionais e supermercadistas estão vivendo uma mudança real com os consumidores sobre seus hábitos de compra.” A navegação online sobre bens de consumo rápidos na Grã-Bretanha aumentou de 70 milhões no primeiro trimestre 2013 para 91 milhões no primeiro trimestre de 2014, e na França, aumentou de 32 milhões de viagens a 42 milhões.
Na região do Oriente Médio/África, as percentagens mais baixas do que a média online podem ser atribuídas à oportunidade – ou a falta dela. Em uma região onde a renda disponível é baixa e fazer compras para as necessidades básicas é a regra, as compras online não são uma prioridade. Mas isso certamente irá mudar à medida que mais consumidores continuam subindo a escada socioeconômica.
O relatório também discute:
A relação entre a navegação online e as intenções de compra.
Um olhar sobre as categorias de produtos que estão crescendo em intenção de compra online.
A classificação dos consumidores online e como alcançá-los de forma eficaz.
Para mais detalhes e insights, baixe a Pesquisa Global da Nielsen sobre E-commerce.