Em 2015, pela primeira vez desde 1998, nenhuma das 20 indicações ao Oscar de atuação foi para talentos diversos. Um ano depois, a mesma coisa aconteceu, marcando a primeira vez desde os seis anos sucessivos entre 1975 e 1981 em que nenhuma pessoa de cor recebeu uma indicação em uma das categorias de atuação da Academia por dois anos consecutivos. Desde esses dois anos em branco, o número de diversos indicados quase triplicou nas categorias de atuação em comparação com os oito anos anteriores a 2017, de acordo com a nova pesquisa sobre diversidade no Oscar realizada pela Gracenote da Nielsen.
As equipes de Inclusion Analytics e Studio System da Gracenote compararam as indicações ao Oscar nos oito anos de 2017 a 2024 com as indicações de 2009 a 2016. Além disso, a equipe analisou o histórico completo de vitórias e indicações ao Oscar de talentos diversos.
- Houve quase três vezes mais indicações para atores diversos nos últimos oito anos do Oscar do que nos oito anos anteriores a 2017.
- De 2017 a 2024, 44 indicações de atores foram diversificadas, sendo que 11 desses indicados acabaram vencendo. Pode-se esperar mais uma ou duas vitórias no Oscar para atores diversificados na mostra deste ano.
- Nos oito anos anteriores a 2017, 14 atores diversos receberam 15 indicações ao Oscar nas categorias de atuação. Viola Davis foi indicada duas vezes. Somente Octavia Spencer (The Help) e Lupita Nyong'o (12 Years A Slave) foram vencedoras diversas durante esse período.
- De 2009 a 2016, houve menos da metade do número de indicados diversos ao Oscar do que nos oito anos anteriores, de 2001 a 2008, quando 26 atores diversos receberam 32 indicações e ganharam oito Oscars.
- Este ano, três das cinco indicadas a melhor atriz coadjuvante são mulheres diversas - America Ferrera (Barbie), Danielle Brooks (The Color Purple) e Da'Vine Joy Randolph (The Holdovers).
- Essa é a sétima vez na história do Oscar que três indicados em uma categoria de atuação são diversos, depois de 2004 (melhor ator coadjuvante), 2007 (melhor atriz coadjuvante), 2017 (melhor atriz coadjuvante), 2021 (melhor ator E melhor ator coadjuvante) e 2023 (melhor atriz coadjuvante).
- Com a probabilidade de Da'Vine Joy Randolph ganhar o prêmio de melhor atriz coadjuvante na premiação da Academia deste ano, depois de seu sucesso em outras premiações, 2024 deverá ser o quarto ano consecutivo com um vencedor diversificado de um Oscar de atuação. Isso estenderá uma série de sucessos sem precedentes para diversos atores no Oscar.
- O sucesso de Randolph também significaria vitórias de atuação para talentos diversos em seis dos últimos oito anos do Oscar. Isso também não teria precedentes.
- Este ano, sete atores diferentes foram indicados ao Oscar. Este é o quinto ano com pelo menos sete indicados diversos nas categorias de atuação, sendo que apenas um desses anos (2007) ocorreu antes dos últimos oito anos.
- Este ano marca o terceiro ano nos últimos quatro com pelo menos sete indicados de atuação diversificada. O recorde é de nove em 2021.
O aumento do número de atores indicados parece ter aumentado o interesse no show do Oscar entre públicos diversos.
- Os dados de medição de audiência da Nielsen mostram que mais de 30% dos espectadores do Oscar não eram brancos em quatro dos últimos cinco shows. De 2013 a 2015, 25,5% a 26% dos espectadores eram diversos.
- No ano passado, quando Michelle Yeoh ganhou o prêmio de melhor atriz e Ke Huy Quan o de melhor ator coadjuvante, mais de 8% do público era asiático, a maior porcentagem dos últimos 11 anos.
- Um ano antes, quando Will Smith e Denzel Washington foram indicados para melhor ator (e Smith ganhou), 14,2% do público era negro, em comparação com 8,5% a 9% de 2013 a 2016.
- Em 2019, 12,7% do público era hispânico, a maior proporção de espectadores desse grupo entre 2013 e 2023. Naquele ano, a coprodução mexicana/americana Roma foi indicada a 10 Oscars, incluindo melhor filme, melhor atriz e melhor atriz coadjuvante, dividindo o prêmio de filme mais indicado com A Favorita.
- O público total aumentou em 11% entre 2018 e 2019, mas o público hispânico cresceu 29%.
- A premiação de 2020 registrou a menor participação de público diversificado (incluindo hispânicos/latinos, negros, asiáticos ou outros grupos étnicos/raciais) de 28,3% desde 2015. Naquele ano, apenas um ator com diversidade foi indicado.
- O maior interesse foi no show de premiação de 2022, quando 33,6% do público era diversificado, de acordo com dados da Nielsen.
- Embora a proporção da audiência representada por espectadores negros, hispânicos/latinos, asiáticos e das ilhas do Pacífico tenha diminuído no ano passado, o número de pessoas desses grupos que assistem cresceu nos últimos dois anos, de 3,03 milhões para 5,6 milhões, um aumento de 85%.
- O número de espectadores hispânicos cresceu mais do que qualquer outro segmento de mercado desde 2021, aumentando em 95%.
Sobre Gracenote
A Gracenote é a unidade de negócios de soluções de conteúdo da Nielsen que fornece metadados de entretenimento, IDs de conteúdo e ofertas relacionadas aos principais criadores, distribuidores e plataformas do mundo. A tecnologia Gracenote permite recursos avançados de navegação e descoberta de conteúdo, garantindo que os consumidores possam se conectar facilmente às músicas, programas de TV, filmes e esportes que amam, ao mesmo tempo em que fornece análises de conteúdo poderosas, simplificando decisões comerciais complexas.
Sobre a Nielsen
A Nielsen molda a mídia e o conteúdo do mundo como líder global em medição, dados e análises de audiência. Através de nosso entendimento das pessoas e seus comportamentos em todos os canais e plataformas, capacitamos nossos clientes com inteligência independente e acionável para que eles possam se conectar e se engajar com seu público - agora e no futuro. A Nielsen opera em todo o mundo em mais de 55 países. Saiba mais em www.nielsen.com e conecte-se conosco nas redes sociais (Twitter, LinkedIn, Facebook e Instagram).
Contato com a mídia
Patricia Ratulangi
patricia.ratulangi@nielsen.com
